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Comecei a trabalhar fora de casa entre meus 14/15 anos como garçonete em um restaurante aqui próximo de casa, onde a noite eu e meu irmão revezamos de 15 em 15 no sábado e durante o dia eu ajudava quando o filho da dona era internado e era preciso ajuda para servir os almoços.

No ensino médio, que na época era 2º grau, eu optei em fazer Técnico em Administração de Empresas e aos 17 anos, no último ano, fiz um estágio em uma Associação de empresa, onde aprendi todas as áreas da empresa, mas a que mais me chamava a atenção era o Departamento Pessoal (DP), específico folha de pagamento.

Quando terminou meu estágio (fev/1993) eu já havia formado e veio do drama de todo jovem, a busca por emprego, sem muita experiência, principalmente poque eu não me especializei em nenhuma área. Foi quando fazendo minhas buscas uma empresa me falou que eu poderia fazer um curso de DP, já que demonstrei interesse. Fazendo minhas buscas, achei um de 4 meses, meio período, mas bem completo. Vim para casa, pedi meus pais se poderiam pagar para mim, fizemos um acordo de troca, onde eu voltaria a realizar as atividades da casa e dispensaria a ajudante para eu fazer o curso.

Terminando o curso, veio um novo dilema, passava em todos os testes na busca de emprego, mas, mais uma vez, não conseguia por falta de experiência. Foi quando eu usei de todo o poder de mercúrio em meu mapa astral e em uma entrevista desafiei a gerente: me contrata, eu consigo fazer o que você precisa. Se em 30 dias não estiver atendendo, encerramos meu contrato de experiência, no primeiro contrato. Gente, ousadia total, que deu certo. Mas minha confiança só foi válida porque eu acertei as 8 rescisões que eles pediram para fazer (cálculo manual) e nenhum dos outros candidatos haviam acertado nem 4.

Foi um período de desafio e muito aprendizado, pois era uma realidade totalmente diferente da que eu vivi na Associação. Fiquei lá só 9 meses, pois passei em um concurso público e pedi demissão para ir trabalhar como concursada.

Entrei no concurso, comecei com cal center (telefone), tive depressão, quando melhorei tiveram que me transferir, pois os médicos não me deixaram continuar ali (2 anos e meio depois de trabalhar na área), fui pro atendimento presencial, onde fiquei mais 2 anos e meio. Nesse processo iniciei a faculdade e nos 2 últimos período da faculdade veio um incomodo enorme: se você não quer ficar aqui a vida toda fazendo uma coisa que você não gosta, é hora de sair e fazer um estágio na sua área. E aí começou uma longa jornada, pois meus diretores não queriam me colocar no processo de demissão voluntária que estava tendo, pois minhas avaliações não justificavam. Foram uns 4 meses de aflição, até quando o gerente geral entrou de férias e quem o substitui tinha que indicar mais umas pessoas, ai teve uma reunião e eu fui, na cara dura, me coloca. A principio ela relutou, mas aí entrou em contato com o gerente e me colocaram (pois as outras pessoas não queriam sair).

Voltei a trabalhar no DP depois de 5 anos fora, já tinha mudado muuuuita coisa: de folha manual para digital, isso mesmo. Algumas regras trabalhistas, inclusão de novas leis, começando de novo um processo de aprendizado para voltar ao mercado de trabalho.

Consegui um estágio, que com 2 meses a encarregada foi dispensada e eu assumi a área, fiquei nessa empresa por 2 anos e de 2001 até 2013 meu tempo de permanência era de no máximo 2 anos na empresa. Era tipo assim, eu concluía um projeto, uma realização e já não me sentia bem. Hoje entendo perfeitamente que o que me levava a esse incomodo tem muito a ver com meu propósito como terapeuta, mas também pelo fato que, eu sou mutável, o fixo não me atrai, a diversidade me move.

Em outubro/2013 eu fui mandada embora de uma empresa, porque a nova gerência não me conhecia e eu adoeci, aí contrataram alguém de confiança para me substituir, nossa foi um choque, um trauma, mas ao mesmo tempo uma libertação, pois 15 dias depois eu já estava com a vaga garantida de Consultora em Sistema, na área de RH/DP, onde atuo até hoje, especialista no sistema do Protheus da Totvs.

Nesse período trabalhei um tempo em uma empresa, com jornada fixa, carteira assinada, um sonho. Foi quando em 2015, no despertar para as terapias trouxe o incomodo da consultoria. Comecei a não me sentir tão bem, já não tinha o mesmo desempenho diário, então conversei com meu diretor e em 2016 fizemos um acordo, eu sai da CLT e comecei a prestar serviço para eles 2 vezes na semana e nos demais dias eu trabalhava como Terapeuta, e comecei a dar aula a noite.

Fiquei nessa rotina até 2018, quando deixei de vez essa empresa e comecei a ter meus próprios clientes, fazendo os meus próprios contratos e, o melhor de tudo, tendo a liberdade de atuar como terapeuta, intercalando as duas profissões:

Por um período eu quis deixar a consultoria, mas sempre ela voltava, até que, em mais uma manifestação do futuro, me foi revelado que por enquanto, irei conciliar as duas atividades, que gosto tanto e todas duas me completam, para quando for a hora, que ainda não é agora, eu deixar a consultoria e me dedicar exclusivamente as terapias. E nesse processo, meus clientes da Consultoria agradecem, pois estavam desconsolados com minha saída e eu posso levar uma visão holística para esse meio tão lógico.

E a vinda do Home Office devido ao COVID/19 para mim foi um encontrar de todos os sonhos, otimizei meu trabalho como consultora, me dediquei mais a formação de terapeuta e estou em minha casa realizando tudo isso.

Uma VIDA VIVA A TODOS VOCÊS com um abraço de Amor.

Renata Cintia (renatacintia.consultora@gmail.com)

01/10/2021

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